Picos vizinhos:
O Pico das Agulhas Negras, anteriormente conhecido como Itatiaiuçu e depois Itatiaia, durante muito tempo foi considerado a maior altitude do território brasileiro. Da metade do século XIX até 1935, o Itatiaia foi protagonista de uma incansável querela sobre qual seria o ponto culminante do Brasil. Em 1935 a polêmica teve fim com a publicação de trabalho realizado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, que determinou 2.787,4 metros para o Itatiaia (SERRANO, 1993). Em 2004, o Projeto “Pontos Culminantes”, realizado por uma parceria entre o Instituto Militar de Engenharia (IME) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizando tecnologia de sistema de posicionamento global, revelou 2.791,55 metros para o Agulhas Negras, denominação hoje mais usual. Apesar de todos esses estudos e esforços para se determinar a altitude máxima na Serra de Itatiaia, não havia um só estudo que cogitasse a possibilidade de que o pico que se avista além da Garganta do Registro, na serra vizinha, pudesse ser mais alto do que o Itatiaia, ou, pelo menos, digno da curiosidade de viajantes e pesquisadores. Ainda que claramente visível do alto da Serra de Itatiaia, a Pedra da Mina permaneceu por todo esse tempo como invisível aos olhos de todos os que se envolveram na determinação da altitude do Itatiaia.
O Pico dos Marins, medindo apenas 2.422 metros, permaneceu, até a divulgação da medição da Pedra da Mina, como a maior altitude paulista. Próximo ao Marins encontra-se o Itaguaré, com 2.308 metros. O complexo formado por esses dois picos é local de intensa visitação montanhista, com acessos pelas cidades de Piquete/SP e Passa Quatro/MG. Todos esses picos vizinhos à Pedra da Mina (foto 3.1) têm em comum uma longa história de visitação montanhista. O crescente aumento da atividade montanhista no Brasil faz pressupor que a Pedra da Mina seja cada vez mais visitada pelos aficionados dessa atividade.